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Se para a Igreja pudesse haver perdas irreparáveis, esta seria uma delas” – assim escrevia Luís Veuillot no seu jornal, L'Univers, por ocasião da morte do Padre Melchior Freyd.

O Padre Freyd (1819-1875) foi o segundo superior do seminário francês de Santa Clara. Incondicional defensor da infalibilidade papal, o seminário de Santa Clara tornou-se, durante o Concílio Vaticano I, “o principal centro do grupo ultramontano do episcopado francês (cf. Le Séminaire Français de Rome, note historique, 1924; Arquivos Dehonianos).

O Padre Freyd foi para Leão Dehon, durante a sua estadia no seminário, ao mesmo tempo director espiritual e confessor. “Era um verdadeiro religioso. Durante seis anos, achei-o sempre igual na sua direcção, sempre piedoso, sempre unido ao Senhor e a inspirar essa união com Deus... A sua direcção foi uma das grandes graças da minha vida” (NHV IV, 138). O Padre Freyd é uma das pessoas de quem o Padre Dehon muito se deixa influenciar. “Quem me dará uma decisão? Aguardo a vossa como se fosse a de Deus” (Carta de 25 de Setembro de 1871).

Da mesma maneira, o Padre Freyd continuará a intervir nos momentos cruciais da vida do Padre Dehon, por vezes energicamente. É ele, de facto, quem aconselha Dehon a não entrar com o Padre D’Alzon nos Assuncionistas e a não se envolver no projecto da universidade católica de Nîmes; é ainda o Padre Freyd a sugerir a Leão Dehon que recuse o convite insistente do Padre Hautcoeur de se integrar na docência da nova universidade católica de Lille. Várias vezes, o Padre Freyd justifica o seu cepticismo em relação às universidades católicas da França, a seu ver, destituídas de futuro e correndo o risco de se contaminarem de galicanismo. Acrescente-se o facto que, na ideia do Padre Freyd, Leão Dehon estava destinado a ser bispo.

Foi só quando a atracção de Dehon pela vida religiosa se mostra definitiva é que Freyd muda de atitude, dando-lhe a possibilidade de entrar na sua Congregação dos Espiritanos e inclusive o cargo de superior de Santa Clara (1874). Nesse momento, porém, Dehon, que havia seguido durante anos os conselhos de Freyd e mantivera a sua actividade em Saint-Quentin, hesita pela primeira vez em seguir o seu director espiritual; sente-se indispensável no ambiente difícil da paróquia de Saint-Quentin. A morte improvisa do Padre Freyd, a 6 de Março de 1875, na sequência de uma pneumonia, pôs termo a todos os projectos que acalentava para o filho espiritual e a relação que, durante 11 anos, havia orientado fortemente Dehon em tão diversos níveis.

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